Luta biológica ao cancro do castanheiro

Abordarei neste artigo a seguinte temática “Luta biológica ao cancro do castanheiro”.

A agricultura tem tido muitos problemas com novas doenças e que afetam as plantas e produção.

O cancro do castanheiro é um dos principais problemas que afeta soutos e castiçais em Portugal. A luta biológica pode ser uma “ferramenta” com potencial para o controlo da doença, no entanto, só deve ser aplicada em condições determinadas e com autorização.

Sintomas do cancro do castanheiro

“Numa altura em que tanto se fala de luta biológica e em que parece não haver outra alternativa no curto e médio prazo, é natural que todos os que querem e podem cuidar bem dos seus soutos e/ou castiçais pensem nesta possibilidade. Porém, é importante perceber que não se pode aplicar produtos biológicos como se se tratasse de um fungicida. É necessário passar conhecimento para que os produtores possam decidir em segurança e com a consciência da maior ou menor probabilidade de sucesso deste tratamento, assim como da sua exequibilidade”.

A doença

O cancro do castanheiro é uma doença que afeta o castanheiro (tronco e ramos) e cujo agente causal é o fungo Cryphonectria parasitica. O fungo penetra no hospedeiro através da germinação dos esporos, desenvolve-se na planta e, quando os vasos condutores são atingidos, a planta/ramo seca.

Este fungo ainda é considerado um organismo de quarentena pela legislação europeia, embora esteja presente na maior parte dos países da Europa.

Realço para o facto da descoberta da doença associada a um fenómeno de hipovirulência natural. Onde o fungo se torna menos agressivo para a planta, os cancros cicatrizam e esta recupera.

“Foi com base no estudo deste fenómeno natural que, mais tarde, foi possível a implementação de luta biológica para o controlo do cancro, através da aplicação nos cancros de uma pasta com fungo hipovirulento (o bioproduto)”.

Cuidados na luta biológica

“Se a hipovirulência é um fenómeno relativamente fácil de explicar, perceber as condicionantes da luta biológica, exige o domínio de conceitos científicos difíceis de traduzir em linguagem corrente. Mas em ciência, mesmo na mais fundamental, tudo é passível de ser transmitido em linguagem acessível. Neste caso, em que se trata de ciência aplicada, é ainda mais importante que sejam passados os conceitos e é nesse sentido que surge este artigo”, acrescenta Helena Bragança.

 

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Eng.º José Rui Gomes – IT Manager – Universidade do Minho, Jornal Terras do Demo, 15 de outubro de 2019